Susana Freitas: Liderar com Paixão e Transparência

 

Este mês, a nossa newsletter abre as portas a uma conversa genuína e inspiradora com Susana Freitas, Diretora-Geral da Jervis. Ao longo da entrevista, a Susana partilhou o seu percurso profissional, revela o que a move na liderança e fala sobre os desafios e conquistas no mundo da comunicação. Mais do que falar sobre a agência, deixa-nos ver a sua visão para o futuro e a paixão que coloca em cada projeto.

  1. Nome e função atual na empresa?

O meu nome é Susana Freitas e sou diretora-geral da Jervis Pereira.

  1. O que a motivou a aceitar o desafio de se tornar Diretora Geral da Jervis?

Sendo muito transparente e honesta, o que me motivou a aceitar esta posição na Jervis foi a Rosário, a fundadora e CEO da empresa. À medida que a fui conhecendo e ao longo das conversas que fomos tendo, inicialmente, percebi que efetivamente partilhávamos os mesmos valores, visão e formas de pensar.

Ainda, a forma como a Rosário liderou a empresa durante os mais de 35 anos de existência da Jervis e o legado que construiu, fizeram crescer em mim uma motivação adicional para efetivamente fazer parte deste projeto e aceitar o desafio.

  1. Vinha de outras agências de comunicação: o que trouxe dessas experiências para o dia a dia na Jervis?

Para mim, claramente, “o caminho faz-se caminhando”. Estive em agências de comunicação, bem como em departamentos de marketing e diria que tudo fez e faz parte do meu processo de crescimento e evolução profissional e pessoal. No fundo, todas as experiências fazem parte do nosso caminho – clientes, empresas, equipas, desafios – tudo isso culmina e contribui para o que somos hoje!

Gostaria apenas de destacar a relevância e importância das equipas por onde passei e que sempre tiveram um papel fundamental no meu processo de aprendizagem, conhecimento e experiência. Tive muita sorte em encontrar pessoas nas mais variadas posições que me ensinaram muitas das coisas que sei hoje.

Por outro lado, não poderia deixar de nomear os clientes, naturalmente, porque efetivamente acabam por ser eles que nos dão os principais desafios. É também com eles que aprendemos e conseguimos superar os nossos próprios desafios e expectativas.

 

Ao longo dos anos, diria que tudo contribui para a pessoa que somos hoje e comigo não foi diferente. 

  1. Como é liderar uma equipa multifacetada e acompanhar diferentes áreas como assessoria de imprensa, redes sociais, eventos…?

Sou uma pessoa das Relações Públicas, da comunicação. Aliás, se há algo que eu nunca tive dúvida na minha vida, foi a área onde queria estar. Desde os tempos de escola (há mais de 20 anos) que sabia que era comunicação o meu caminho.

Naquela época não havia a variedade de cursos que existem hoje. Sabia que queria seguir comunicação social e na altura o que me parecia mais natural era seguir depois jornalismo.

Contudo, quando entrei na faculdade, percebi que no terceiro ano teria de escolher a minha especialização, pois efetivamente poderia escolher jornalismo, mas também marketing, publicidade e relações publicas. No final do primeiro ano, era já muito claro para mim que o que iria escolher e seguir seria esta última área de especialização.

No fundo, todas estas áreas:  assessoria de imprensa, redes sociais, eventos, relações públicas, publicidade, mesmo o marketing, andam de mãos dadas com a comunicação e, portanto, para mim é muito natural.

Gosto de todas elas e gosto, sobretudo, de geri-las de uma forma complementar. Gosto de ter vários desafios, de oferecer soluções concretas e efetivas aos clientes e de sugerir inovações. Não me vejo a fazer outra coisa.

  1. O que procura num cliente ou projeto que a faça dizer: “vamos apostar”?

Eu não sou muito rogada. Não costumo dizer “não” a desafios, nem mesmo quando são desafios de crise. Não tenho por hábito recusar um projeto ou dizer a um cliente que não vamos conseguir fazer.

Naturalmente que existem clientes e projetos mais desafiantes, mas penso que com a estratégia adequada, experiência e empenho poderemos sempre atingir resultados interessantes.

Recebido o briefing, então vamos a isso: vamos fazer equipa com o cliente, desenvolver estratégia e chegar aos objetivos definidos. Caso não estejamos a ter os resultados que gostaríamos em determinado ponto, reavaliamos e realinhamos. É assim que para mim, pessoalmente, faz sentido.

  1. Qual foi o projeto ou momento mais marcante até agora?

Já tenho mais de 20 anos de experiência e poderia de facto, destacar muito projetos e momentos. Mas, olhando para trás, destaco dois projetos e um momento que para mim, representaram ou uma viragem no meu percurso ou de facto uma grande aprendizagem.

Os clientes são efetivamente a força motriz da nossa evolução. Por isso mesmo, não poderia deixar de destacar a Tresemmé, que me foi “dada” num momento mais inicial da minha carreira. Em conjunto com a equipa da agência onde me encontrava na altura, tive oportunidade de lançar a marca ao nível de comunicação em Portugal. Constituiu um grande desafio à época. Era um cliente muito completo, uma vez que além da assessoria e relações públicas, exigia a organização de eventos, não apenas para media, como para a equipa de vendas a nível nacional, apresentações, etc. Este momento coincidiu também com o aparecimento dos blogs, que depois haveriam de evoluir para os influenciadores. Enfim, foi um momento importante para mim, enquanto consultora e que acabou por confirmar a minha capacidade de gestão e organização a vários níveis.

Por outro lado, não posso deixar de nomear a Makro Portugal. Fui consultora de comunicação da empresa mais de nove anos e isso deu-me oportunidade de conhecer a fundo o mundo da distribuição e as suas diversas dinâmicas. Com todas as suas lojas (de norte a sul do país) e níveis operacionais e organizacionais, foi um cliente que me deu oportunidade de aprender, evoluir e concretizar ideias e ações muito interessantes, que me fizeram crescer muito a nível profissional. 

Por último, destaco a minha entrada na Jervis, que aconteceu num momento em que já estava muito confortável no meu desafio anterior, na posição que tinha, na coordenação de equipa. Penso que Jervis surgiu no momento certo. Acabou por representar uma mudança, uma vez que se trata de uma direção geral, mas é algo que assumo com muita felicidade e um folego renovado. Também aqui estou pronta para aprender e dar o meu melhor.

7. Como vê o futuro da Jervis? Que novas metas ou sonhos tem para a empresa?

Primeiro, quero manter o que é bom, e a Jervis tem muitas coisas boas: a transparência, a ética, o profissionalismo, o trabalho em equipa e o facto de darmos sempre o nosso melhor em qualquer situação.

Depois, fazer crescer, de uma forma muito sustentada. No fundo, o meu objetivo é agarrar nesta massa crítica, que é já tão boa e sólida e fazer crescer.

8. A nível pessoal e profissional, o que a deixa mais feliz.

Para mim, o profissional funde-se com o pessoal e vice-versa. Não sou uma pessoa diferente nestas duas esferas.

O que me deixa mais feliz é a sensação de “dever cumprido”, que fiz a diferença, que consegui alcançar os objetivos (e, por vezes até superá-los), a todos os níveis. Prende-se muito com a “entrega”, tanto a nível pessoal como profissional.

Claro, que a nível pessoal não me posso esquecer da minha família, que tem um grande peso para mim, é a minha raiz, é para onde eu vou quando tenho as minhas dificuldades e com quem partilho os meus sucessos.

9. Que mensagem gostaria de deixar a quem confia na Jervis: equipa, clientes e parceiros

Pessoalmente, gosto muito de uma frase que é do Ricardo Reis (Fernando Pessoa): “Põe quanto és no mínimo que fazes”, sê inteiro. Acredito mesmo que se enquanto equipa, cada um de nós seguir esta máxima, isso acabará por passar para clientes, fornecedores e facilitar o nosso próprio trabalho internamente. Se na gestão das relações do nosso dia a dia, formos “inteiros” o trabalho vai fluir de outra forma, e vamos conseguir concretizar objetivos maiores.

Esta é, no fundo, a minha mensagem - sermos o melhor que conseguirmos em cada momento.

A Rosário, na sua entrevista referia a importância que existe em sermos felizes nas nossas tarefas. Acrescentaria ainda a boa disposição. A vida já nos apresenta tantos desafios, que se formos mal dispostos, tudo custa um bocadinho mais.

Não percam um minuto a fazer coisas que não gostam. A vida é muito curta e não podemos ocupar o nosso tempo a ser infelizes.

 Assista à entrevista completa, aqui

 

 

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